sexta-feira, 31 de março de 2017

Servidor municipal é preso por fraudar contratos e lucrar R$ 18 mil com golpes


Um assessor técnico da prefeitura de Patos, no Sertão paraibano, a 316 km de João Pessoa, foi preso em flagrante, na noite dessa quinta-feira (30), suspeito de forjar contratos de locação de veículos e lucrar R$ 18 mil com golpes aplicados contra taxistas da cidade. Em comunicado oficial, a prefeitura disse que vai exonerar o servidor.
Conforme as investigações, o servidor, lotado na Secretaria de Serviços Públicos, reuniu taxistas e prometeu contratos de prestações de serviços à prefeitura. Foi constatado que o suspeito cobrou R$ 600 à vista aos taxistas, prometendo que os contratos seriam publicados no Diário Oficial em breve. O acordo previa ainda que cada profissional deveria pagar mais R$ 1.000 quando os contratos entrassem em vigor. Em troca, cada taxista receberia R$ 3.500 por mês pelos próximos dois anos.

A fraude foi denunciada pela prefeitura à Polícia Civil nessa quinta-feira (30) e, até a publicação desta matéria, mais de 30 taxistas tinha ido à delegacia para prestar queixa e saber como podem recuperar o dinheiro perdido. Eles apresentaram cópias dos contratos forjados.

Segundo o delegado Demetrius Patrício, os contratos apresentavam o timbre da prefeitura e uma assinatura em nome do secretário da Administração, Manoel Nóia Jácome Filho, mas completamente diferente da real. “Era uma rubrica qualquer”, informou o policial. Dezenove contratos foram apreendidos com o suspeito.

Orientado por um advogado, o servidor municipal se reservou ao direito de permanecer em silêncio durante o interrogatório. Ele deve responder pelos crimes de estelionato e falsificação de documentos. “Como não cabe fiança ao crime de estelionato, ele deve ser encaminhado para o presídio da cidade”, completou o delegado Demetrius Patrício.

Por causa do ocorrido, o procurador geral de Patos, Phillipe Palmeira, ressalta que “nenhum servidor ou qualquer pessoa está autorizado, em caráter particular, a fazer contratações que obriguem a prefeitura”.



Fonte Por Amanda Gabriel - portalcorreio