terça-feira, 27 de agosto de 2013

Obra esperada por Itaporanga há 20 anos está parada, mas nem empresa nem governo falam



Protesto popular contra a paralisação poderá ser realizado


Por Redação da Folha – As obras da nova adutora de Itaporanga estão paralisadas há dois meses. A informação é que a construtora abandou o serviço, mas ninguém sabe qual foi a razão.


A construção foi iniciada em abril do ano passado e deveria ter sido concluída em dez meses, conforme a previsão contratual, mas, passado quase um ano e meio, há ainda muita coisa para fazer e, pior, a obra está parada.

A empresa responsável pela execução do projeto, orçado em 4,7 milhões de reais, é a Conserv – Construções e Serviços LTDA, que não prestou nenhum esclarecimento público sobre sua desistência da obra, assim também como o governo permanece calado.

A nova adutora é esperada por Itaporanga há mais de duas décadas como meio de resolver o grave problema do abastecimento d’água urbano. Durante todo esse período, a cidade foi submetida a um racionamento forçado pela incapacidade do sistema adutor atual, e muitos bairros hoje já não têm nenhum acesso à água, mesmo com o racionamento.

O processo para construção da adutora começou no final do governo Cássio, depois de grande manifestação popular, que ocupou a Cagepa durante vários dias. A gestão Maranhão sequenciou o projeto e chegou a iniciar a obra, que foi paralisada por irregularidades técnicas.

Um novo processo licitatório foi realizado pelo Governo Coutinho, que assinou a ordem de serviço em abril de 2012, e a expectativa era que a adutora começasse a funcionar este ano, mas o serviço foi paralisado. A cidade ficou sem adutora e com suas ruas sitiadas por valas, terras e entulhos deixados pela construtora.

Nesta segunda-feira, 26, a Folha (www.folhadovali.com.br) tentou ouvir a Conserv, mas os telefones constantes como sendo da construtora pertencem a outras empresas.

Se o governo não responder satisfatoriamente à questão nos próximos dias, uma manifestação popular poderá ser organizada: a intenção é ocupar as ruas da cidade e também o escritório local da Cagepa até uma posição oficial sobre o problema. Foto (arquivo): construtora abandonou a obra e deixou a cidade coberta por entulhos.