Polêmica
na Câmara de Conceição durante sessão ordinária desta segunda-feira.
Ausente da cidade, o presidente da Câmara, Marcílio Lacerda (PSDB - foto),
não permitiu que seus colegas vereadores realizassem a reunião, que
teve que ser encerrada momentos depois de começar, causando
constrangimento aos parlamentares mirins presentes.
Com
a ausência do presidente e do vice, no entanto, com o quorum
necessário na Câmara, a vereadora Dior Sabino, secretária da Mesa
Diretora, abriu os trabalhos, mas logo foi avisada por uma funcionaria
da casa que havia recebido um telefonema do presidente da Câmara, que
está em João Pessoa, determinando a saída imediata de todos os
funcionários do legislativo. Sem os servidores, a sessão não pode ser
continuada e os vereadores presentes também tiveram que se retirar.
Dior interrompeu a sessão, mas antes fez um desabafo contundente:
lamentou que Marcílio tenha faltado com respeito ao legislativo e aos
seus colega e especialmente a ela, que é do grupo político do
presidente, mas questionou se, de fato, o grupo do prefeito Nilson a
considera mesmo como aliada, o que, segundo a vereadora, não parece,
pela forma despeitosa e desprestigiada como tem sido tratada,
completando que não ponde permitir tamanho abuso.
Dos seis vereadores que estiveram presentes, cinco era da oposição, e
apenas Dior pertence ao grupo prefeito, o que pode ter sido o motivo do
presidente a acabar com a reunião temendo a prevalência oposicionista na
sessão. Mas isso foi um abuso e uma arbitrariedade do presidente da
Câmara na opinião dos presentes, entre os quais Luiz Paulino e Vicente
Ramos. “O presidente não pode impedir os vereadores de legislar e, por
essa razão, nós vamos denunciar o caso ao Ministério Público”, comentou
Vicente.
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