sábado, 12 de janeiro de 2013

Criadores estão insatisfeitos com atendimento dispensado na Conab em Patos

Além da longa espera por conta da desordenada fila para aquisição do milho do Programa de venda no Balcão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os produtores de Patos e região estão insatisfeitos com atendimento dispensado pela nova gerência.

Desde o dia 4 de janeiro os produtores estão sem adquirir o produto e alegam que o estoque supera as cifras de aproximadamente 20 (vinte) toneladas de milho armazenadas no armazém da empresa. Não sabem explicar por que a Conab tem o produto e não quer vendê-lo. Eles lamentam a situação e demonstram a incerteza se vão garantir a compra dos grãos para este mês.

Muitos denunciam haver apadrinhamento nas vendas. Dizem que os grandes produtores sempre são os primeiros a adquirir o produto, ultrapassando os pequenos que já aguardavam na fila. Denunciam que a ingerência é colocada em prática "nas barbas" dos pequenos produtores e ninguém faz nada.

Recentemente a gerência regional foi substituída e não agradou muito os compradores. A falta de informação acarreta em mais transtornos. Os criadores dizem que não há previsão para o restabelecimento das vendas e por conta disso, muitos acabam no prejuízo por causa da prolongada estiagem que ocasiona a morte de animais, tipo, bovino, ovino, suíno e aves.

O crescimento de produtores na região polarizada por Patos aumentou substancialmente e por causa da seca, a Conab que é uma empresa pública, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, não vem adquirindo a quantidade de milho necessária para suprir a demanda.

O produtor rural Eugênio Ferreira Cavalcante, 50 anos, que comercializa frango para as regiões do distrito de Santa Gertrudes e Malta, disse que lamenta a situação e que se constrangeu na hora em que tentou comprar sua cota, que era de 3mil kg e se decepcionou ao saber que a mercadoria só saia de empresa se houvesse um agendamento.

Mesmo diante do fato de não existir agendamento ainda oficializado pela empresa, Ferreira alega que muita gente foi beneficiada comprando os grãos recentemente e disse que os direitos são iguais para todos.

Disse que a situação é crítica para ele, ressaltando a dificuldade por conta da estiagem e não descarta a possibilidade de demissão por conta do problema. 

Fonte: Portalpatos