quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Paraibano morto em tragédia com trem é enterrado no Vale do Piancó


Familiares participaram de missa e do enterro, em Boa Ventura.
Companheira e enteado de Francinaldo foram enterrados em São Paulo.

O corpo do paraibano que morreu em consequência do descarrilamento de um trem em São José do Rio Preto (SP) chegou nesta quarta-feira (27) em Boa Ventura, no Sertão paraibano, de acordo com informações do irmão dele, Francisco Félix. Familiares e amigos de Francinaldo Félix Emiliano participaram de uma missa na igreja católica da cidade e, em seguida, seguiram para o enterro, que também aconteceu na cidade natal dele.


No domingo (24), o acidente matou oito pessoas e deixou mais oito feridos. O paraibano, de 30 anos, estava em uma casa que foi atingida por um dos vagões.

Ainda de acordo com Francisco, os gastos com o translado do corpo, que foi feito de carro, foram custeados pela empresa responsável pelo trem que descarrilou.

Francinaldo estava trabalhando formalmente em uma empresa de construção há oito meses, segundo o irmão. Ele morava em São Paulo com a companheira, Graziela Joaquim dos Santos, de 27 anos, que estava grávida de dois meses, e também com o filho dela, Kauan, de 6 anos. Eles iriam casar e passar a morar juntos na próxima semana.


Os corpos de Graziela e de Kauan foram enterrados na tarde desta segunda-feira (25) no cemitério São João Batista, em São José do Rio Preto.Acidente
O trem descarrilou perto do bairro Jardim Conceição e um dos vagões atingiu duas casas. Oito pessoas morreram no acidente, que destruiu pelo menos duas casas. A composição era formada por nove vagões carregados com quase 1 mil toneladas de milho.

Segundo o delegado Marcelo Goulart da Silva, alguns moradores afirmaram que o maquinista estaria em alta velocidade. Um engenheiro da ALL, empresa responsável pelo trem, nega a informação. No local, região de perímetro urbano, a velocidade máxima na linha férrea é de 40 km/h. O maquinista foi levado para a delegacia para prestar depoimento. A Polícia Científica tem 30 dias para emitir o laudo com as causas do acidente, que trabalha duas hipóteses: problemas no dormente dos trilhos ou falha de freios.

Em nota ao G1, a ALL disse que "a concessionária responsável pela operação no trecho lamenta profundamente a fatalidade ocorrida e se solidariza às famílias e vítimas, a quem dará todo suporte e apoio. Por meio do centro que controla remotamente, via satélite, toda a operação, a empresa confirmou que a composição transitava dentro dos limites de velocidade do trecho. As causas do acidente serão investigadas por meio de sindicância". A empresa também afirmou que uma análise preliminar indica que o trem trafegava a uma velocidade adequada. Uma sindicância foi aberta para investigar as causas do acidente.



Fonte: G1 paraiba