segunda-feira, 28 de julho de 2014

Novo reitor do IFPB é do Vale e uma de suas primeiras ações depois da posse será visitar a região

O professor Cícero Nicário é natural de Aguiar. Por Redação da Folha - A educação levou mais um filho do Vale ao patamar máximo de sua carreira: depois de ser eleito reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnlogia da Paraíba (IFPB), com mais de 51% dos votos, no dia 4 de junho passado, o professor-doutor aguiarense Cícero Nicácio (foto) prepara-se para tomar posse, o que deve ocorrer no próximo mês. Ele ficará no cargo até 2018.

Um dos primeiros passos do reitor ao assumir o instituto será visitar sua região, onde está sendo construído um campus do IFPB. O campus de Itaporanga vai atender a todos os municípios do Vale, inclusive Aguiar, e a previsão é que sua primeira fase seja concluída até o final do próximo ano, mas há possibilidade da antecipação do funcionamento de alguns cursos em estruturas provisórias cedidas pelo município.

Em 5 de junho, um dia após a vitória do professor, a jornalista Ernani Baracho, do campus de Campina Grande, escreveu uma matéria sobre a trajetória do reitor eleito. Vejam integralmente: Definir o professor Cícero Nicácio não é uma tarefa fácil. Sua simplicidade, carisma e simpatia revelam o homem humilde que saiu do interior paraibano, da pequena cidade de Aguiar para seguir o único caminho que transforma a vida de uma pessoa: a educação. O caminho traçado por ele foi acompanhado ao longo de sua carreira acadêmica por uma frase dita pelo seu pai, um lavrador, que mesmo sem ter o conhecimento dos livros, tinha a sabedoria da vida: “Tenho fé em Deus que um dia a enxada de meus filhos vai ser uma caneta”.

Com a caneta na mão e o exemplo de coragem e força herdada dos seus pais, Cícero Nicácio não se curvou diante das dificuldades e começou a escrever toda sua história em escolas públicas de Cajazeiras e João Pessoa. A faculdade de letras o levou a ser professor de língua portuguesa e de literatura brasileira, profissão de que muito se orgulha, a despeito das dificuldades inerentes a um trabalhador da educação no país. Sempre ávido pelo conhecimento, partiu para o mestrado e, em seguida, para o doutorado em Literatura Brasileira.

Sua missão de levar a educação a todos indistintamente não demorou muito a chegar, e com apenas 19 anos ingressou como professor em escola pública e, aos 23, já era diretor de uma unidade educacional. Em 1992, ingressou no serviço público federal, na condição de servidor técnico-administrativo, ocupando o cargo de Assistente em Administração na então Escola Técnica Federal da Paraíba – ETFPB e, dois anos depois, foi aprovado em novo concurso público para exercer o cargo de professor na mesma instituição. Na rede federal, passou por cargos de coordenador, chefe de gabinete e, por último, designado a implantar o que viria a ser um dos campi mais promissores da Rede Federal de Educação: o de Campina Grande.

Com toda essa experiência, o professor Nicácio, como é carinhosamente tratado por todos, se habilitou a galgar o mais nobre cargo do Instituto Federal de Educação e Ciência da Paraíba , o de reitor. Na sua plataforma de propostas para alcançar o cargo máximo, algo não poderia faltar e que tão bem o fez à frente do campus Campina: a humanização da gestão.

É com essa visão humanista que ele chega para conduzir os rumos do IFPB nos próximos quatro anos. “Precisamos reconhecer os direitos e deveres dos servidores para que se sintam humanamente acolhidos. Antes de sermos um espaço de tecnologia, somos espaços de seres humanos, que tem sangue nas veias e emoções, e o gestor não pode se descuidar deste aspecto”, declara Nicácio.

O novo reitor do IFPB revela que todo o processo eleitoral o deixou ainda mais forte para enfrentar os desafios. “As manifestações em todos os campi me deixou revitalizado. Quero dizer que hoje sou reitor de todos e chamo as pessoas para trabalharmos juntos pelo Instituto. É a instituição que é perene. Nós queremos trabalhar com tecnologia de ponta, mas antes de tudo com seres humanos sensíveis que se acolham. Vamos tratar das pessoas em primeiro plano”, finaliza.

Folha do Vale