sábado, 14 de janeiro de 2017

Numol aponta asfixia como causa de mortes em poço na PB e perícia começa apuração. Assista a reportagem!


Asfixia é a causa dos acidentes que levaram à morte de quatro agricultores e deixaram outro hospitalizado, na tarde dessa quinta-feira (12), em dois poços instalados no distrito de Riacho Fundo, no município de Barra de São Miguel, Cariri paraibano, a 230 km de João Pessoa. Os poços que apresentaram problemas passam por perícias nesta sexta-feira (13).

Segundo o diretor do Núcleo de Medicina e Odontologia Legal em Campina Grande (Numol), Márcio Leandro, os corpos dos quatro agricultores já foram necropsiados nesta sexta. “Procedemos com a necrópsia dos quatro agricultores e colhemos materiais do pulmão e sangue para realização de exame toxicológico. A causa dessa asfixia deverá ser confirmada no exame e, também, com base na perícia dos poços”, afirmou Márcio Leandro.
Agricultor internado passa bem
Ao Portal Correio, o diretor do Hospital de Trauma de Campina Grande, Geraldo Medeiros, afirmou que o homem que foi socorrido de um dos poços chegou a ser internado na área vermelha da unidade, mas foi removido para a área verde e segue sob observação médica.
“O paciente foi removido para uma ala do hospital e está bem. Ele segue passando por cuidados médicos de menor intensidade e pode ser que tenha alta dentro das próximas 48 horas. Como médico, acredito que tenha sido inalação por gás metano. As vítimas que inalam grandes quantidades desse gás costumam perder a consciência rapidamente e isso bate com o que o agricultor nos passou, já que ele não lembra de nada do que aconteceu”, disse o diretor.
Entenda o caso
As vítimas estavam limpando um poço quando, segundo familiares, inalaram um cheiro forte semelhante a veneno e passaram mal. Uma quinta pessoa também passou pela mesma situação em um segundo poço na localidade.
A esposa do agricultor que sobreviveu contou que ele iria começar a limpar o poço perto de casa, mas, ao chegar no meio da escada, desmaiou e só foi salvo porque estava amarrado em uma corda.
“Eu soube dos homens que morreram, mas foi em outro lugar. Meu marido só não morreu também porque entrou com uma corda amarrada na cintura e, quando chegou ao meio da escada, desmaiou com o mal cheiro da água e um amigo o puxou para fora”, contou a mulher.
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Fonte Portal Correio