quinta-feira, 14 de março de 2013

CONAB desmente acusação de desvio de grãos de milho no Vale do Piancó. Confira!


A Superintendência da Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB desmente matéria publica em alguns veículos de comunicação do Vale do Piancó que acusa o órgão de desvio de grãos de milho na região.

A matéria publicada afirma que o milho que seria distribuído na região teria sido desviado e vendido para outras regiões do Estado.

O Superintendente Regional da Paraíba Gustavo Guimarães Lima, esclarece: Sabendo do jornalismo comprometido e sério que por vocês é desempenhado, gostaríamos de observar que em nenhum momento houve DESVIO de milho na região de Piancó, isso é uma calúnia e irresponsabilidade de quem falou e de quem publicou, fazendo parecer que existem alguns favorecidos na região.

Conforme poderemos denotar com as informações a seguir e planilhas anexas, a operação realizada pela CONAB no Posto Avançado de Vendas da cidade de Itaporanga/PB foi extremamente transparente e regular, visando atender os objetivos da Operação Especial do programa Venda em Balcão, voltado a pequenos e médios produtores atingidos pela estiagem.

Inicialmente, é preponderante destacarmos que as operações listadas não ocorreram na Unidade Armazenadora de Patos, mas sim no Posto Avançado de Itaporanga. Observamos que as operações aparecem como realizadas em Patos em virtude do posto ser uma Unidade Satélite da UA/Patos, onde todo o seu faturamento é realizado. Os municípios atendidos pelo Posto Avançado de Itaporanga são distintos dos atendidos pela UA/Patos.

Nos dias que antecederam o Carnaval, mais precisamente dias 6, 7 e 8 de fevereiro, a Transportadora encarregada pelo frete do milho acelerou a remoção e aportaram em nosso Posto Avançado de Itaporanga, de uma só vez, 12 carretas. A nossa capacidade diária de recebimento é de 2 carretas por dia e o Armazém onde o posto funciona não comporta a quantidade de milho recebida.

A solução encontrada, em conjunto com a matriz, foi atender com estas carretas os produtores rurais de outras regiões do Estado da Paraíba, agendadas para datas futuras e que ainda não tinham pego a sua cota do mês de fevereiro de 2013. Assim seria possível desafogar a UA/Patos e o Posto Avançado de Sousa, que se encontrava sem milho. Destinou-se, então, 10 carretas para atendimentos a municípios da região no sistema de delivery.

Os produtores que tivessem interesse deveriam arcar com o custo adicional de frete que, conforme declarações que anexamos, seria negociado diretamente entre produtores e motoristas da transportadora. Além dessa despesa, a ensacagem do produto ficaria a cargo dos produtores.

Divulgamos amplamente junto aos Sindicatos Rurais a possibilidade de atendimento no PAV/Itaporanga daqueles produtores que tivessem interesse, informando sempre da necessidade de se arcar com os custos adicionais de frete e ensacagem. Os interessados na operação foram se organizando para o fechamento das carretas e todos que efetivamente se dirigiram ao PAV/Itaporanga foram atendidos, sempre observando a cidade para onde a carreta seria deslocada.

Para facilitar a sua compreensão, elaboramos um quadro demonstrativo onde podemos observar como foi fechada cada carreta, com o nome do produtor atendido, CPF, quantidade e município onde está cadastrado. Quando da análise, você poderá compreender que esta é uma operação bastante complexa porque você tem que adequar em cada carreta as quantidades de cada produtor, o município destino e o rateio com as despesas.

Como poderás comprovar, inclusive no Portal da Transparência, apenas 23 dos 81 produtores atendidos tinham direito a cotas acima de 7.000 kg, com preço subsidiado de R$ 24,60 (vinte e quatro reais e sessenta centavos), que é o preço mais alto do programa. O produtor Francisco de Assis Vieira, por exemplo, da Carreta 10, adquiriu 120 kg, ou seja, dois sacos. Como ele existem muitos pequenos produtores que foram atendidos.

Não temos nenhum interesse em atender o grande produtor em detrimento do pequeno. Pelo contrário. Para os grandes, a Conab oferece outro tipo de programa, como o VEP. Sabemos das dificuldades enfrentadas por todos nesta estiagem, por isso estamos trabalhando diuturnamente para o regular funcionamento do Programa Venda em Balcão no nosso Estado. O papel da imprensa no controle do programa é fundamental, esperamos contar sempre com o apoio para sanarmos eventuais falhas.

Assim, o que houve no polo foi um redirecionamento para atendimento de outro municípios que sofrem com a seca, o que é muito diferente de um DESVIO como insinua a publicação. Espero ter contribuído para elucidar o caso, pois em nenhum momento houve qualquer desvio de milho da CONAB, o milho foi vendido a produtores cadastrados no programa, conforme lista em anexo, e como pode ser comprovado no portal da transparência.

Infelizmente, algumas pessoas agindo irresponsavelmente vão a imprensa declarar fatos desconexos com a realidade, prejudicando a imagem de uma empresa que tanto tem feito para amenizar o sofrimento de nossos produtores.

Gustavo Guimarães Lima
Superintendente Regional da Paraíba
Companhia Nacional de Abastecimento

Ascom