sexta-feira, 13 de abril de 2018

Após 8 meses, família ainda aguarda restos mortais de jovem assassinada no Sertão

Ossos que seriam de Victória Albuquerque foram levados para perícia em agosto do ano passado e família ainda reivindica devolução dos restos mortais
Autor: Redação do Portal
apos-8-meses-familia-ainda-aguarda-restos-mortais-de-jovem-assassinada-no-sertaoA família da jovem Victória Albuquerque, morta no ano passado no município de Cajazeiras, no Sertão paraibano, a 490 quilômetros de João Pessoa, ainda não teve o direito de enterrar os restos mortais da garota. Victória desapareceu em julho e, no dia 15 de agosto, um agricultor encontrou os ossos que seriam da vítima. O material foi recolhido para perícia, mas nunca devolvido aos familiares, que lamentam não terem oportunidade de dar um enterro digno à jovem.


Em entrevista à TV Sertão da Paraíba, a mãe de Victória, Verônica Albuquerque, lamentou a demora nos trâmites legais e apelou para o apoio das autoridades, incluindo o governador Ricardo Coutinho (PSB).
“Já que ele decidiu ficar no governo, que ele olhe para o povo. E eu sou esse povo que colocou o senhor no poder. Então, eu tenho o direito de receber os restos mortais da minha filha. Eu faço esse apelo”, disse a mulher.
DNA inconclusivo
Ao Portal Correio, o diretor-geral do Instituto de Perícia Científica (IPC), Israel Aureliano, afirmou que já foram feitos 12 exames de DNA a partir dos restos mortais da jovem e de material genético de familiares, mas todos os exames foram inconclusivos para determinar se os restos mortais são de Victória Albuquerque.
“Nossa dificuldade é que não ainda conseguimos estabelecer ligação genética de DNA entre os retos mortais e o material genético dos familiares. O exame pode dar três resultados: positivo, em caso de material genético sendo da jovem; negativo, caso o material não sendo dela; e inconclusivo, quando não conseguimos definir se o material é ou não dela. Até agora só obtivemos resultado inconclusivo”, disse Israel Aureliano.
Porém, um exame recentemente foi feito com os materiais genéticos disponíveis, mas o resultado pode não ter sido encaminhado para a Polícia Civil.
“Eu sei que tivemos um exame recente desse caso e que o laudo já havia sido dado. Mas, por conta do problema de fechamento do IPC não tenho como afirmar se esse exame foi entregue à Polícia Civil. Iremos entrar em contato com o delegado do caso para verificar a situação”, contou o diretor do IPC.
O Portal Correio tentou contato com o delegado seccional da Polícia Civil em Cajazeiras, Glauber Fontes, para saber se a delegacia já havia recebido o último exame, mas as ligações não foram atendidas.
O caso
Victória Albuquerque tinha 17 anos quando foi assassinada. Ela esteve desaparecida por cerca de 40 dias. Quando ossos foram encontrados próximo a um açude na Zona Rural de Cajazeiras, junto a peças de roupa e calçados, a mãe de Victória confirmou que aqueles eram os pertences da jovem. 

Fonte: Portal Correio