Moradores
da comunidade Mãe d'água e da cidade de Coremas, no sertão da Paraíba
realizaram um protesto na manhã desta terça-feira (24) na rodovia
estadual PB-366.
Um bloqueio
foi realizado no km 0 da via, que liga de São José de Piranhas, no alto
sertão da Paraíba ao município de Barro, no estado do Ceará.
A
manifestação foi contra a decisão da Agência Nacional de Águas (ANA) de
manter aberta a comporta que libera água do açude Mãe d'água.
Durante o
protesto veículos foram posicionados na estrada, impedindo a passagem de
quem viajava com destino as cidades de Piancó e São José da Lagoa
Tapada. Segundo o grupo que realizou a manifestação a água consegue
abastecer outras localidades distantes, no estado dom Rio Grande do
Norte, mas não tem força para chegar até as casas próximas ao açude. Sem
previsão de chuvas, nem de diálogo com os órgãos responsáveis, os
moradores da região se sentem prejudicados.
A água do
açude segue até o Rio Grande do Norte onde abastece cerca de 90 mil
pessoas em vários municípios. Juntos os açudes de Coremas e Mãe d'água
têm capacidade de mais de 1 bilhão de metros cúbicos de água. Mas de
acordo com a Agência Executiva de Gestão das Águas, atualmente Coremas
está com 12,2% da capacidade total e o reservatório de Mãe d'água com
15,7%.
Em nota, a
ANA informou que é necessário deixar as comportas abertas para perenizar
os rios Piancó e Piranhas até Jardim de Piranhas, no estado do Rio
Grande do Norte, mas que uma nova reunião com a participação da CAGEPA,
AESA, MPF, MPE e DNOCS deve acontecer. A reunião tem como objetivo
apresentar a situação atual de armazenamento dos açudes de Coremas e Mãe
d’Água e as perspectivas de esvaziamento, interrupção dos usos da água
do açude Mãe d’Água para irrigação e aquicultura, discussão sobre as
alternativas de atendimento das demandas de consumo humano e
dessedentação animal nas comunidades após o fechamento dos registros.
Do G1