O consumidor paraibano deverá continuar com uma conta de luz salgada no próximo ano.
A estiagem caminha para cinco anos contínuos no Estado com a previsão de intensificação da seca no Nordeste no próximo ano.
A causa é o
fenômeno climático El Niño, que aumenta as chances da manutenção do uso
das termelétricas, que onera o custo da geração de energia.
Com isso, o consumidor continuaria pagando um adicional na fatura para custear a geração mais cara de energia.
O
consumidor paraibano deverá continuar com uma conta de luz salgada no
próximo ano. A estiagem caminha para cinco anos contínuos no Estado com a
previsão de intensificação da seca no Nordeste no próximo ano. A causa é
o fenômeno climático El Niño, que aumenta as chances da manutenção do
uso das termelétricas, que onera o custo da geração de energia. Com
isso, o consumidor continuaria pagando um adicional na fatura para
custear a geração mais cara de energia.
Atualmente,
com a cobrança da bandeira vermelha, os consumidores pagam R$ 4,50 a
cada 100 kilowattshora e este valor aumenta quando é usada a energia
das usinas térmicas, com custo acima de R$ 388 por megawatthora.
O impacto
do acréscimo pode aumentar a inadimplência no Estado, que este ano já
está em 290 mil usuários, que representa 19% das 1,5 milhão de unidades
consumidoras. E uma das explicações para essa lista de devedores, além
da inflação dos produtos e serviços, foi o incremento no pagamento pelo
uso da energia elétrica.
Este ano, a
alta da Energisa Paraíba foi de quase 30%, incluindo reajuste tarifário
anual (10,79%), bandeira tarifária (15,2%) e reajuste extraordinário
(3,8%). Já na Energisa Borborema o acréscimo no bolso das famílias foi
de 54%.
Dados do
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que, no Nordeste, os
reservatórios das hidrelétricas da região estão com 5,2 por cento da
capacidade de armazenamento, com nível de 1,5 por cento na represa de
Sobradinho. Em Três Marias, há 8,7 por cento da capacidade, e na usina
Itaparica, 10,2 por cento.
Se a última
térmica ligada tiver custo entre R$ 200 e R$ 388 por megawatthora, é
acionada a bandeira amarela, que cobra ao consumidor R$ 2,5 extras a
cada 100 kilowattshora. A bandeira verde, que representa o retorno à
tarifação normal, só é acionada quando estiverem desligadas todas as
térmicas com custo acima de R$ 200.
Jornal da Paraíba