quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Apesar das promessas oficiais, ainda não se sabe quando o Vale terá sua primeira UTI


Região necessita com urgência de uma Unidade de Terapia Intensiva




Por Redação da Folha – Com equipamentos já instalados e equipe médica pronta, a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional Wenceslau Lopes, de Piancó, está dependendo agora de recursos para o funcionamento, mas não há nenhuma perspectiva de quando isso será viabilizado, apesar de se tratar de uma promessa do Governo do Estado para a região. A falta de uma UTI no Vale tem custado a vida de muita gente: nem todos os pacientes conseguem sobreviver a longa viagem a Patos e Campina Grande em busca de tratamento por falta de estrutura médica por aqui.
O governo estadual, a quem pertence o hospital, quer dividir as despesas do funcionamento com as Prefeituras regionais, o que está gerando um impasse, deixando a população regional sem nenhum leito de terapia intensiva. “O mais difícil era a equipe médica para o funcionamento da UTI, e isso nós já temos, assim também como o equipamento já está pronto, mas, até o momento, não sabemos quando vai funcionar porque depende de uma decisão do governo”, comentou Vanderlândia Tomaz (foto), diretora do hospital piancoense.

Conforme a diretora, a última informação que ela teve é que a Secretaria de Saúde do Estado continuava esperando a contrapartida das Prefeituras para o funcionamento para providenciar o funcionamento da UTI, mas ela acredita ser pouco provável a colaboração dos municípios, e citou como exemplo dessa falta de interesse para com o hospital de Piancó o próprio gestor municipal.

De acordo com Vanderlândia, a Prefeitura piancoense, através do Fundo Municipal de Saúde, deveria repassar em torno de 200 mil reais ao hospital todo mês para os tratamentos de alta complexidade através do PCEP (Protocolo de Cooperação entre Entes Públicos), pelo qual o gestor municipal é obrigar a destinar ao hospital parte dos recursos que recebe do Ministério da Saúde, o que não vem acontecendo, segundo a diretora.

“Se esse dinheiro fosse repassado, como deveria, já que a Prefeitura assinou o protocolo, a situação do hospital era bem melhor, mas hoje dependemos unicamente do estado e as dificuldades são muito grandes porque o hospital atende mais de 20 municípios”, lamentou Vanderlância, respondendo que não sabe o que o município está fazendo com o recurso que deixa de entrar no hospital, e atribui a falta de repasse à motivação política por parte do prefeito: “o povo é quem perde com isso”.

Vanderlândia concorreu com o atual prefeito Sales Lima no pleito de 2012 e perdeu as eleições, assumindo a direção do hospital posteriormente. Ela é ligada à ex-prefeita Flávia Galdino, principal adversária de Sales.