Ministério Público pediu à Justiça que mãe perca a guarda da menina de 11 anos. Padrasto é suspeito de estupro.
Autor: Redação do Portal
menina de 11 anos vítima de estupro que deu à luz um bebê no último
sábado (9), em João Pessoa, realizava trabalhos domésticos durante a
gravidez. A informação é do promotor da Infância e Juventude de João
Pessoa, Alley Borges Escorel. O suspeito de estuprar a criança é o
padrasto dela, que segue foragido.
Esse e outros fatores levaram a promotora Carmem Eleonora a ajuizar,
no mês de julho, uma ação de suspensão de poder familiar, solicitando
que a mãe perdesse a guarda da menina. Enquanto a decisão judicial não
sai, a criança segue acolhida em um abrigo.
“O motivo alegado é a negligência no cuidado da menina. Ela continuou
fazendo afazeres domésticos, mesmo grávida, não foi feito o pré-natal.
Ela tinha um receio muito grande, sofria de insônia, de terror noturno,
tinha medo de, a qualquer momento, ele [o padrasto] voltar para casa”,
explicou o promotor.
O padrasto da menina fugiu assim que a gravidez dela foi revelada, no
quinto mês de gestação. De acordo com o promotor, havia receio de que o
suspeito do crime voltasse para casa e fizesse algo com a enteada. “A
própria comunidade falava que existia o risco de ele voltar. E ninguém
tinha confiança de que a mãe iria garantir a segurança da menina”,
comentou Escorel.
Tanto a menina quanto o bebê passam bem depois do parto, considerado de risco, e já receberam alta médica.
Relembre o caso
De acordo com processo que segue sob segredo de justiça na Vara da
Infância e Juventude, a menina foi estuprada pelo padrasto quando tinha
10 anos.
A criança descobriu a gravidez quando passou mal e foi levada para um
hospital, de acordo com delegada Joana D'arc Sampaio, que investiga o
caso. Desde a descoberta da violência sexual, a criança foi encaminhada a
um abrigo para meninas pelo Conselho Tutelar. A delegada da Infância e
da Juventude de João Pessoa explicou a menina foi levada pela avó para
um posto de saúde e, por meio de uma ultrassonografia, foi identificado
que ela já estava no quinto mês de gestação.
A menina informou à polícia que a violência sexual era algo
recorrente, mas não soube precisar quando teve início. De acordo com
Joana D’arc, as investigações começaram em maio e o inquérito já foi
concluído. O padrasto da menina segue foragido.