sábado, 27 de dezembro de 2014

Santana dos Garrotes berço da poesia: A entrevista concedida a Jorge Nascimento e os primos de José Chagas

José Chagas, um monumento vivo da cultura do Maranhão. Paraibano de nascença e maranhense de coração desde a década de 40, o poeta não consegue esconder sua paixão por São Luis. Dominado por uma compulsiva mania de escrever, ele nutre por si mesmo modestas definições, embora seja hoje um dos mais consagrados nomes da literatura maranhense. Na verdade, sou um palavrador. Eu não me considero nem um grande jornalista, nem um grande poeta. Mas um homem que brinca com palavras. Sou um bom mau poeta. Afirma Chagas.

Entrevista concedida a JORGE NASCIMENTO

(guesa Errante: Reproduzimos esta entrevista, considerando o caráter de atualidade que a percorre, principalmente em se tratando das concepções que o poeta tem de vida e poesia.)

Jorge Nascimento – Fale-nos um pouco de sua vida.
José Chagas – Nasci num pequeno sítio chamado Aroeiras, no distrito de Santana dos Garrotes, que hoje passou a município, no Estado da Paraíba. Foi nesse chão que vivi a minha infância e a minha adolescência, desde cedo plantando e cuidando do cultivo da terra, pois meus pais eram lavradores. Viver a infância é aqui um modo de dizer, porque, em verdade, eu não tive muito tempo de ser menino. De certo modo, já nasci adulto, por força do trabalho duro do campo. Aos sete anos já estava com minhas mãos calejadas nas tarefas que me cabiam, durante a semana inteira. De manhã bem cedo, antes mesmo do raiar do sol, meu pai despertava a mim e a meus irmãos, considerando que já era meio-dia e a gente ainda estava dormindo. Ia-se então para o trabalho que era, como se costumava dizer, de sol a sol. Assim, apesar de viver na roça, ou então por isso mesmo, não tive aquela infância alegre e livre, uma infância casimiriana, como a que eu leria mais tarde, no poeta romântico de Meus Oito Anos.
Os primos de José Chagas:
os poetas Aildon Severino de Sousa e
Antônio Clementino de Araújo (camisa vermelha)
de Santana dos Garrotes - PB
Poesias dos poetas Aildon Severino de Sousa e
Antônio Clementino de Araújo

Poesia
Prece a Nossa Senhora Aparecida 

Nossa Senhora Aparecida
Vim aqui lhe visitar
Vim fazer a minha prece
Estou aqui para rezar.


Advindo do Auxiliar Expresso de Piancó e do josechagaspoeta.blogspot.com.br
Do Palestina Online