Autor: Redação do Portal
O ex-prefeito de Cacimbas, cidade do Sertão da Paraíba, Geraldo 
Paulino Terto, e outras sete pessoas foram condenadas a devolver aos 
cofres públicos o valor de R$ 480.505,30. Segundo a Justiça Federal da 
Paraíba, os acusados estavam envolvidos em um esquema de fraudes 
licitatórias. Os crimes aconteceram entres os anos de 2005 e 2008.
Geraldo Terto negou ter qualquer envolvimento com os crimes e disse 
que vai recorrer a decisão. “Estou me defendendo. Não fiz essa dívida e 
não tenho dinheiro para pagá-la. Onde é que eu vou arranjar essa 
quantia?”, questionou o ex-prefeito. A decisão foi publicada no Diário 
Oficial Eletrônico da 5ª Região dessa quarta-feira (8).
Segundo o juiz federal Cláudio Girão Barreto, Geraldo Paulino Terto, 
Cícero Sherdan Lima de Medeiros, Maria Luciete Marques da Cunha, 
Maricleide Ferreira Ramos Arruda (presidente e membros da Comissão de 
Licitação - CPL), Onofre Almeida Barbosa, Judi Costa Amorim, Ronilson 
Amorim Gonçalo e Wilson Robson Amorim Gonçalo (empresários) fraudaram ou
 participaram das falsas licitações causando prejuízo ao Governo 
Federal, já que utilizaram verbas repassadas para execução do Programa 
de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti).
A quantia que o grupo deve pagar foi atualizada com correção 
monetária e juros de mora, conforme o manual de cálculos da Justiça 
Federal. Além disso, Geraldo Paulino Terto, Wilson Amorim, Judi Amorim, 
Ronilson Amorim e Onofre Almeida Barbosa vão pagar uma multa do valor de
 R$ 240.252,65 por com compras irregulares de produtos de limpeza. Já 
Maricleide Ferreira, Maria Luciete e Cícero Sherdan pagarão multa de R$ 
120.126,32 pelo mesmo motivo. Os valores das multas podem ser divididos 
entre eles.
Geraldo Paulino Terto ainda deve perder as funções públicas que 
estiver exercendo, inclusive não poderá usufruir de aposentadorias 
estatutárias seja nas esferas federal, estadual ou municipal. Ele também
 terá os direitos políticos suspensos pelo prazo de cinco anos. Já 
Wilson Amorim, Ronilson Amorim, Judi Amorim e Onofre Almeida Barbosa 
ficarão proibidos de realizar contratações com o Poder Público, receber 
benefícios e incentivos fiscais ou de crédito pelo prazo de cinco anos e
 também terão os direitos políticos suspensos pelo mesmo tempo.